O excesso de peso na infância é um sinal de que toda a família precisa adotar novos hábitos!
Se seu filho está um pouquinho além do que se costuma chamar de fofo, não adianta tentar resolver a questão como se isso fosse um problema só dele. "A única forma de superar a obesidade infantil é encará-la como um desafio para toda a família", diz Ary Lopes Cardoso, chefe do Grupo de Nutrição e Metabolismo do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo. É verdade que os casos de excesso de peso na infância têm aumentado muito nos últimos anos por causa da mudança – para pior – dos hábitos alimentares dos pequenos, mas nem é preciso investigar tanto para concluir que eles aprenderam com alguém a comer mal ou foram autorizados por alguém. Possivelmente você. "As razões estão invariavelmente dentro de casa", afirma Cardoso.
Se seu filho está um pouquinho além do que se costuma chamar de fofo, não adianta tentar resolver a questão como se isso fosse um problema só dele. "A única forma de superar a obesidade infantil é encará-la como um desafio para toda a família", diz Ary Lopes Cardoso, chefe do Grupo de Nutrição e Metabolismo do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo. É verdade que os casos de excesso de peso na infância têm aumentado muito nos últimos anos por causa da mudança – para pior – dos hábitos alimentares dos pequenos, mas nem é preciso investigar tanto para concluir que eles aprenderam com alguém a comer mal ou foram autorizados por alguém. Possivelmente você. "As razões estão invariavelmente dentro de casa", afirma Cardoso.
Refeições feitas às pressas – como as que antecedem o horário de ir à escola –, balas e chocolates à vontade e fora de hora, fast food toda semana, poucas frutas e muito refrigerante. Considere 1 ponto para cada um desses hábitos e pode pensar em mudanças se somar pelo menos 2. Para completar, muitas crianças e adolescentes passam várias horas por dia na frente da televisão. Nos fins de semana, os pais dão esse exemplo. Como esperam que os filhos ajam diferente? Logo, antes de querer alterar a rotina de seus filhos, considere seriamente mudar o próprio dia-a-dia, para que isso se reflita na vida deles.
Mas, atenção, não é o caso de soar alarmes, trocar cardápios e agendar academia para todos diante da primeira dobrinha ou bochecha do bebê. Em algumas fases, os pequenos podem armazenar energia para crescer. Dieta para crianças ou adolescentes é a típica situação em que cabe uma conversa com o pediatra. Antes de chegar a ela, o melhor é a boa e velha regra do bom senso. Para começar, é bom saber que a rotina da casa deve ser orientada para que não se caminhe na direção do problema. A mudança se inicia com a lista de compras do supermercado e a freqüência às lanchonetes. "Todos os que compartilham a geladeira com a criança têm de participar dessa mudança de hábitos", ensina o pediatra Nataniel Viuniski, autor do livro Obesidade Infantil – Guia Prático. Observe a seguir algumas orientações básicas sobre o assunto elaboradas a partir de entrevistas com pediatras, nutricionistas e endocrinologistas. Elas valem não só para as crianças, mas para toda a família.
• O modo mais saudável de se alimentar é com cinco refeições diárias: café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde e jantar. Pôr a mesa nos horários corretos é infalível para a disciplina na hora da comida.
• Dê tempo para seu filho comer. Apressar a refeição diminui o tempo de mastigação, fundamental para a sensação de saciedade. Quem come rápido acaba comendo mais e sente fome mais depressa.
• Evite conversas sobre temas como contas atrasadas à mesa. Tranqüilidade ajuda a emagrecer.
• Não exija que seu filho perca peso. Muitas vezes, a criança precisa apenas mantê-lo até crescer um pouco mais. Elogios ajudam. "Vamos emagrecer para ficar mais bonito ainda" é uma frase mais eficiente que um "Você está gordo".
• Idas a restaurantes, pizzarias e lanchonetes devem ser administradas com parcimônia. "Um hambúrguer, uma vez por semana, não é de todo mal", afirma a nutricionista Cecília Lacroix Oliveira, do departamento de pediatria da Universidade Federal de São Paulo. "Retirar o fast food da rotina da criança pode ser privá-la de determinado convívio social."
• Seja criativo e saudável na hora de cozinhar. Valorize a comida caseira fazendo, por exemplo, um hambúrguer de peito de peru na chapa, sem gordura, para substituir os sanduíches da moda.
• Aproveite os fins de semana e crie oportunidades para deixar a criança gastar um pouco de energia. Basta ir a um parque, por exemplo.
• Tire a TV do quarto de seu filho. Ela é um convite ao sedentarismo.
• Deixe a criança comer de tudo, mas não necessariamente tudo.
• Torne sua casa mais saudável. Em vez de doces e chocolates, ponha uma fruteira em cima da mesa.
Fonte: site veja.abril.com.br
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