quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Slackline: andar na corda bamba

Andar na corda bamba não é mais atividade de circo apenas. E nem expressão de quem está passando por uma situação complicada.

Pela mão de escaladores, a atividade virou esporte, com modalidade radical inclusive, e agora encanta até famosos.

O slackline surgiu no Parque Yosemite, na Califórnia, no final da década de 1970, por culpa do inverno. Quando estava muito frio, não havia condições de escalada. Então, para se exercitar, a única saída era se equilibrar nas correntes dos estacionamentos do local. "Os escaladores perceberam que podiam esticar suas fitas de ancoragem para praticar o exercício", explica Diogo Barboza, diretor executivo da SlackBrasil, empresa que oferece informações e serviços relacionados ao esporte.

A atividade foi trazida pra cá também por escaladores daqui e ganhou destaque com o esportista Hugo Langel, que montou o maior highline (modalidade praticada a no mínimo 5 metros do chão) em terras tupiniquins. Ele atravessou a Pedra da Gávea, a 840 metros de altura, em 32 metros de comprimento.

Hoje, a prática ganhou status e virou febre entre os famosos. Luana Piovani, Caio Castro, Roger Flores, as gêmeas do nado sincronizado Bia e Branca Ferres e Kayky Brito já foram vistos andando na corda bamba nas areias das praias cariocas. E, certamente, não fizeram apenas para aparecer nos cliques dos paparazzi. A prática pode trazer mais benefícios do que o aparente. Segundo Diogo, a atividade alivia o estresse e auxilia no desenvolvimento físico e mental.

"O slackline movimenta músculos e articulações através da propriocepção e sua prática alcança áreas que não costumamos exercitar, além de exigir muita concentração e equilíbrio para se manter na fita, que oscila em todas as direções, tornando o desafio maior ainda. Com isso, o atleta deve manter o foco sempre no objetivo de atravessar para o outro lado", detalha Diogo. "Atletas do surf, skate, snowboard e praticantes de yoga e escalada tem praticado bastante".

Para praticar o slackline não é preciso muita coisa: uma fita especial e, claro, disposição para vencer desafios e trabalhar o equilíbrio, e a concentração para manter-se no alto. O melhor de tudo é que qualquer pessoa pode se aventurar na "corda bamba", desde que peça ajuda de alguém que saiba montar o sistema, para que a altura seja definida de acordo com cada necessidade (e possibilidade, claro).

Fonte: Terra

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