sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Contar calorias não é fundamental para emagrecer, diz estudo

Segundo as mais recentes pesquisas, calorias vindas de diversos alimentos afetam o corpo de maneiras diferentes.

Engordar ou emagrecer é simplesmente uma questão matemática. Se ingerimos mais calorias do que gastamos, o resultado são quilos a mais, certo? Errado. Segundo as mais recentes pesquisas, calorias vindas de diversos alimentos afetam o corpo de maneiras diferentes e até a textura deles influencia nessa equação. Os estudos ainda reforçam que as informações contidas nos rótulos dos alimentos não são exatas e que podem contribuir para os erros. O jornal Daily Mail publicou uma compilação de algumas conclusões recentes. Confira:

Teor protéico
Comidas com alto teor proteico precisam de 10 a 20 vezes mais energia para serem consumidas. Portanto, um pedaço de frango ou um doce podem conter a mesma quantidade de calorias, mas o primeiro irá gastar mais para ser digerido. A diferença está na energia gasta na mastigação e na digestão em si.

Cozimento
Essa diferença deve ser levada em conta quando se compara um alimento cru com o mesmo cozido. O segundo necessita ser mastigado menos vezes e é mais facilmente digerido pelo corpo. No caso de alimentos que não podem ser comidos crus, a sugestão é cozinhar por menos tempo ou a vapor.

Qualidade 
Outro ponto estudado recentemente diz respeito à qualidade e não à quantidade do alimento consumido. No fim dos anos 1990, a média de calorias consumidas era 25% menor do que as ingeridas na década de 1970, mas, desde então, os casos de obesidade se multiplicaram por seis em todo o mundo. Estudiosos acreditam que o consumo de alimentos tipo fast food ou refeições prontas, preparadas no microondas, podem ser as responsáveis pela aparente contradição.

Consumo equilibrado 
Consumir baixos índices de gordura também não é considerado fundamental para a perda de peso. Outro estudo comparou três populares dietas de emagrecimento, com as mesmas quantidades de calorias. Foram elas: dieta com baixo consumo de gorduras, com 20% do total de calorias consumido diariamente; uma de baixo consumo de carboidratos, com apenas 10% das calorias diárias; e um regime baseado em manter o índice glicêmico baixo, com consumo de 40% de gordura, 40% de carboidratos e 20% de gordura. Os que seguiram a primeira dieta tiveram a menor perda de peso e ainda registraram aumento nos níveis de colesterol. Os que consumiram menos carboidratos tiveram melhores resultados, mas também demonstraram aumento em substâncias, como cortisol e outras que estão associadas a doenças cardíacas e diabetes. O regime que controla o índice glicêmico se mostrou a mais eficiente, sem os efeitos colaterais, provando que o consumo equilibrado de alimentos de vários grupos é mais eficaz do que cortar calorias.

Rótulos 
Cientistas também estão questionando as informações trazidas nos rótulos dos alimentos, pois muitas delas foram definidas há décadas, algumas há mais de um século. Os métodos usados são ultrapassados e não levam em conta variações no modo de preparo, técnicas ou que foram verificadas a partir de alimentos crus.

Fonte: Portal da Educação Física

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